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quinta-feira, novembro 29, 2012

Eleições "autonómicas" na Galiza: mais nacionalismo espanhol com a vitória do PP.

O processo eleitoral do passado 21 de outubro não sinificou uma mudança na composição nacional do Parlamento autonómico. Se antes eram 12 deputados nacionalistas galegos do Bng contra 63 nacionalistas espanhóis de PP e Psoe, hoje os galegos ficam com 11 deputados divididos entre 7 do Bng e 4 de Anova frente a um total de 64 deputados nacionalistas espanhóis. Por partidos e deputados os resuldados ficarom assim: 41 para o PP, 18 para o Psoe, 9 para A.G.E. e 7 para o BNG.

A "novidade" foi a irrução no parlamento de uma nova força AGE, Alternativa galega de Esquerdas, coaligação dos nacionalistas de Anova (Encontro Irmandinho de Xosé Manuel Beiras, recentemente cindidos do BNG, junto a FPG de Mariano Abalo) com o partido esquerdista espanhol Izquierda Unida.

Os maus resuladaos do BNG semelham que vão supór a abertura de um profundo processo de reflexão interna para intentar agir e reverter a situação de queda que vem experimentando desde há muitos anos.

A alta abstenção jogou desta volta em contra do voto conscientizado em prol da Galiza. O processo espanholizador e liquidacionista que representa o projecto ultranacionalista espanhol do Partido Popular conta com mais quatro anos em que podem rematar com a nossa cultura, com a nossos sectores produtivos básicos e com o já cativo estado do bem-estar. Esperemos estar errados. Mas tudo faz ver com que os nossos jovens continuarão a migrar na percura de trabalho, os pequenos negócios e autónomos continuarão a fechar contribuindo para um alargamento do desemprego, a especulação urbanística e industrial continuará a atentar contra o nosso meio natural e paisagístico, os serviços sociais continuarão a verem-se curtados como conseqüência do recurte dos orçamentos públicos e tudo por que o sector público está a transladar a dívida privada do sector financeiro para  o sector público mediante a nacionalização das perdas da banca, a destruição do nosso património cultural e histórico, nomeadamente a nossa língua nacional, etc. Hoje mais que nunca Galiza necessita exercer a sua soberania ou ficará relegada da história.

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